sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A crise que faz o mundo tremer

Juros baixos, ausência de conservadorismo, imprudência e consumismo; Essas são as razões da atual crise. O mecanismo da crise é igual a todas: mercado aquecido, preços sobem em demasia, e depois o ajuste é dolorido para quem investiu. O governo Bush, na tentativa de reaquecer a economia americana em 2001, promoveu sensível redução dos juros (ou será o FED ´independente`? Alguns dizem que a culpa é do Greenspan) e ocasionou grande aquecimento no mercado imobiliário; consequentemente, a economia americana cresceu ´muito mais` do que as economias européia e japonesa, porém, este crescimento tinha como pilar o endividamento (público, externo e privado) e a imprudência creditícia. Agora a conta chegou, mas, os EUA tem uma particularidade em relação aos outros países: o mundo inteiro paga a conta, não é apenas ele... prova disso que que o FED, Banco Central Europeu, suiço, inglês, canadense e japonês injetaram mais de US$ 200 bilhões; Para quem não está cem por certo informado sobre a crise, sugiro a leitura dos links da Folha Online:
O importante é destacar aqui as consequências da crise:
- Risco Moral: os Banco Centrais e o governo americano, ao socorrer as instituições financeiras, podem criar, no futuro, um precedente perigoso; tal ajuda diz implicitamente ´emprestem, financiem e expandem seus negócios sem conservadorismo e prudência, pois estaremos aqui para socorrer vocês`... porém, não podemos condenar as ações do governo americano, pois, se não houvesse tal suporte, os efeitos futuros sobre as expectativas e Bolsas seriam muito mais trágicos.
- Por que o governo americano não ofereceu garantias ao inglês Barclays na compra do Lehman Brothers? Por que o governo nacionalizou as hipotecárias e não atuou na crise do Lehman Brothers? Provavelmente, critérios de socorro financeiro têm de ser definidos, mas o governo poderia ter sido cauteloso, visto que o LB é o 4º maior banco de investimentos dos EUA e tem 158 anos de idade (fundado por irmãos judeus-alemães que imigraram para os EUA).
- Até quando tal crise vai durar e qual será seu impacto? A China desaquecerá? (é bom destacar a dependência chinesa das importações americanas) E o petróleo? E as outras commodities? (seus preços devem cair, devido contração do mercado e redução da demanda)
- Qual será o impacto sobre o Brasil? (alta do Dólar, queda da Bolsa, elevação da SELIC e redução do crescimento, caso a crise demonstre continuidade e força) Será que realmente estamos ´blindados`, como diz o presidente Lula? (claro que não) Será que o mercado imobiliário aqui não está muito aquecido? (Sim. É bom lembrar que esta crise imobiliária começou na Espanha e foi para os EUA, e pode chegar aqui. Na minha cidade, Juiz de Fora, os preços dos imóveis tiveram incremento de aproximadamente 20%, sem grandes razões para tal).
Não vou me atrever a previsões, pois nem os grandes economistas da atualidade estão se atrevendo a tal. Mas deixem suas opiniões e comentários!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Petrosal x Petrobrás

Veja reportagem:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/08/15/petrobras_nao_ve_ligacao_entre_queda_nas_acoes_discussao_do_pre-sal-547767350.asp

Nos últimos dias, uma grande polêmica preocupou investidores no mercado de ações: o presidente Lula, mostrou-se favorável a criação de uma nova empresa (Petrosal) para a exploração do petróleo na camada pré-sal, na reserva de Tupi, onde o governo usaria seus lucros na realização de investimentos em Educação; Existem áreas sob concessão da Petrobrás, mas outras áreas de exploração dependem de novo marco regulatório (estas seriam exploradas pela Petrosal). A Petrobrás já perdeu mais de US$ 97 bilhões em Valor de Mercado neste ano, sendo que, grande parte de tal perca se deve a Realização de Lucros por parte de investidores estrangeiros, que investiram aqui de forma assombrosa nos últimos anos. O ministro Gabrielli afirmou que as percas recentes ocorreram devido redução do preço do petróleo, minimizando os rumores da criação da nova Estatal; Porém, acredito que a possibilidade da criação da nova empresa foi o fator de maior significância na redução dos papéis da Petrobrás nesses últimos dias, e o megainvestidor George Soros ´fez a festa`, comprando US$ 811 milhões em ações. Quanto a possibilidade da criação da Petrosal, há um fator positivo e outro negativo:
PONTO POSITIVO: O lucro da nova empresaria seria vultoso, e, caso bem aplicado na Educação, elevaria substancialmente a qualificação da mão-de-obra, podendo até mesmo significar um marco desenvolvimentista. As nações que investiram em Educação (Tigres Asiáticos) colheram ótimos frutos. E, em termos de qualidade de educação, o Brasil ainda deixa muito a desejar. Em avaliações feitas em vários países, o Brasil costuma ocupar as últimas posições. O Brasil estaria usando o ´Ouro Negro` na capacitação de seus cidadãos, um belo investimento, na minha opinião (se for bem direcionado).
PONTO NEGATIVO: A medida seria uma ´rasteira` nos investidores de Longo Prazo que compraram papéis da Patrobrás. O mercado financeiro, tem como pilar a credibilidade, e, se o governo tomar tal medida, investir no mercado brasileiro deixará de ser seguro, e as ações presentes na BOVESPA poderão sentir isso, principalmente quanto a investidores estrangeiros. O Governo, quando age de forma discricionária, perde muito em credibilidade, ou seja, a criação da Petrosal significa um risco considerável para o mercado de ações brasileiro.

Diante disso, pergunto: será que não seria melhor conceder à Petrobrás ra exploração das novas reservas e destinar parte de seus lucros para a Educação? Para refletir...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nazismo chinês


Apesar de não pertencer ao contexto econômico, ou seja, não estar exatamente dentro dos objetivos deste blog, sou obrigado a criticar a organização chinesa nos Jogos Olimpicos quanto aos seus ´métodos`. Substituir a garotinha que realmente cantou por outra, devido razões de ´estética` (a que realmente cantou, não é bonita quanto a que apareceu) é uma atitude que nos lembra o nazismo. Os Jogos Olimpicos, simbolizam a fraternidade, a igualdade e o respeito, mas, os chineses, apesar de terem organizado uma bela Cerimônia de Abertura, mostram que estão longe de entender o que é o espírito olimpico. A desonestidade chinesa em negociações comerciais já é conhecida, mas parece que tal comportamento se aplica a todos os âmbitos, não apenas nas relações econômicas e sociais. Na mesma época que Hitler ´elaborava` ensaios de ´purificação` da raça ´ariana` (pessoas bonitas, altas e saudáveis deveriam ter filhos com pessoas do mesmo biótipo, em busca da perfeição racial alemã), os japoneses, aliados do regime nazista, castigavam o povo chinês com uma incômoda dominação, reprimindo constumes, torturando, hmilhando e matando chineses. Porém, infelizmente, o passado não foi suficiente para reformar opiniões. Afinal, em um país onde meninas são sacrificadas e pessoas são fuziladas por inadimplência, a vida não parece ser valorizada mesmo. Os chineses exibem nestes jogos organização, poder e riqueza, porém, mostram desrespeito, desonestidade, opressão e rigidez. E ao observar a China no cenário diplomático e econômico (Tibet, venda de armas para Darfur, falsa promessa de liberdade aos jornalistas, etc), pode-se ver o mal que uma Ditadura significa. No comércio da rua 25 de Março em São Paulo, podemos verificar as sequelas desta opressão na personalidade dos imigrantes chineses: são frios, extremamente mal educados com os empregados, autoritários, falam pouco e parecem ter medo de tudo. Com certeza, melhor lugar para sediar os Jogos Olimpicos, há. Infeliz escolha do COI.

domingo, 10 de agosto de 2008

FMI: frear consumo para controlar inflação

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/08/08/fmi_recomenda_contencao_imediata_do_crescimento_da_demanda_interna-547654865.asp

Os economistas do FMI emitiram alertas sobre a ´aceleração` da inflação, porém, enfatizaram a evolução das contas públicas e da gerência fiscal (superávit primário, redução da relação Dívida/PIB em quase 5% de 2007 para 2008). A inflação, como todos sabem, é um elemento perigoso, demandando constante controle, fiscal, monetário e cambial, visto seu caráter inercial. Deve ser combatida, porém, acho que há um ´excesso de medo`, principalmente por parte da mídia. As expectativas de inflação para 2008 não chegam nem a 7%, ou seja, ainda estamos a ´anos luz` daquela inflação tenebrosa antes do Real. E devemos ressaltar que o mundo inteiro está passando por aumento de preços, devido a desvalorização do Dolar e elevação dos preços do petróleo. Muitos países semelhantes ao Brasil (Argentina, Rússia, Venezuela, etc) já estão com expectativas inflacionárias de 2 dígitos. Diante disso, creio que não há nenhuma razão para pânico, principalmente se levarmos em conta o crescimento de nossa produção industrial (bens de consumo e automóveis) e redução do desemprego. E o Banco Central, sob o comando de Henrique Meirelles, mostra que está preparado para tomar medidas cabíveis. O aumento da taxa SELIC de 12,25%aa para 13%aa mostra isso. O foco de combate está correto. Com o crescimento da Renda, programas sociais, aumento da classe média e redução da pobreza, há expressivo aumento da demanda, que, alinhado com o crescimento dos custos (petróleo, fertilizantes agrícolas, etc), provoca elevação de preços. Porém, ações visando a redução de custos, não é fácil a curto prazo, e, por isso, a alternativa possível é o controle da Demanda. Só espero que o aperto monetário não dure muito (pouco provável). O importante é haver compatibilidade com as ações do Ministério da Fazenda e do BACEN, pois tal consonância significará menores custos e sacrifícios para a sociedade.

Nova guerra. Tirste e lamentável.

No mesmo dia em que começaram os jogos olimpícos, começou uma guerra. LAMENTÁVEL. Todo o mundo celebrando a paz, e uma tragédia deste nível ocorre.
Existe na Geórgia, a Ossétia do Sul, e na Rússia, a Ossétia do Norte. São regiões estratégicas no transporte de petróleo (sempre ele). A Ossétia do Sul, deseja se unir a O. do Norte, existindo também um ´alinhamento` entre os guerrilheiros separatistas e o governo russo (tenho certeza, que se conseguirem a união com a Ossétia do Norte, haverá uma tentativa de independência em relação a Rússia depois!). Os russos, apóiam o movimento, e a Geórgia, ´patrocinada` pelos EUA, são contra (Até parece que estamos voltando aos tempos de Guerra Fria). Os russos, são ´obrigados` a mostrar ´pulso firme` nessas situações, visto que, um fracasso, pode desencadear uma série de conflitos separatistas (Além da Chechênia, há um punhado de regiões e povos que desejam se separar de Moscou, principalmente na região do Caúcaso). O conflito, é violento, apenas em 3 dias, estima-se mais de 2 mil mortos. As imagens nos jornais impressionam: idosos mortos e feridos, vilas destruídas, uma desgraça.
Qualquer tentativa da ONU será impedida. Os russos tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, e Moscou e o governo de Tblisi parecem inflexíveis na tentativa de um acordo. G. Bush, em Pequim, disse que a paz deve ser o objetivo (como se ele, que desrespeitou a ONU, tivesse alguma moral para tal crítica) e condenou o comportamento russo (A Geórgia enviou tropas para o Iraque, ele nunca será contra estes). Só espero o seguinte: um pouco de bom senso, para todas as partes. Acredito que em uma guerra não há vencedores, todos perdem, principalmente em um mundo regido pelos negócios, onde a paz é condição primária para a prosperidade econômica de uma região; e pior época (junto com as Olimpíadas) não há.

Pequim 2008 - Que bela festa!


Os jogos olimpícos são mágicos. Não existe festa mais linda no mundo. Todos os povos e sua diversidade cultural, étnica e religiosa vivendo em paz e harmonia, onde duelos e rivalidades só existem nas quadras, piscinas, campos e pistas. Um momento mágico, sendo celebrado com esportes, símbolo da harmonia e da saúde.
A festa preparada pelos chineses foi impressionate! De todas que eu vi, foi a mais bonita, de longe! (Muitos dizem que Moscou-1980 foi muita bonita também). Os chineses gastaram a incrível quantia de US$ 40 bilhões para organizar os jogos, valor imporessionante (Atenas, 4 anos atrás, gastou US$ 12 bilhões - Na China, é possível que tenha ocorrido superfaturamento em obras, o país tem uma pesada corrupção, mas, mesmo assim, o valor impressiona). E o investimento nos jogos olimpícos fez os imóveis em Pequim se valorizarem, além de dar grande contribuição para o crescimento econômico da metrópole chinesa. Os benefícios, para os chineses, é muito grande. Sediar uma olimpíada é de grande valia para qualquer país, visto a oportunidade de divulgação do país e sua cultura.
CRÍTICAS: Porém, apesar da grandiosidade, sou da opinião que os chineses não mereciam tal honra. O desrespeito aos Direitos Humanos (uma pessoa, se for inadimplente, é fuzilada, e o valor da munição ainda é cobrada da família da vítima), a ausência de Liberdade e a repressão ao Tibet (não apelam para o terrorismo e luta armada para obter a independência, e tem o Budismo como pilar) são condenáveis. Os jogos Olimpícos, no meu entender, devem ocorrer em nações com um melhor ´currículo`.

Rio-2016: Estou torcendo pela vitória do Rio de Janeiro, visto os benefícios que uma Olimpíada pode proporcionar, mas acho praticamente impossível a nossa vitória, e, para ser sincero, tenho dúvidas sobre nosso sucesso em uma empreitada dessa, caso vencessemos. Acho que as disputas políticas-partidárias, a corrupção (vide Pan-2007) e atual situação da cidade do Rio de Janeiro são agravantes. Não podemos usar o Pan-2007 como ´marketing`, é um evento minúsculo se comparado a uma Olimpíada. O Brasil, tem a 10ª maior taxa de Homicídios do mundo, e uma péssima imagem no exterior (até pior do que merecia). E temos concorrentes como Madrid, Tóquio e Chicago. Muito difícil. Torcer eu vou, mas é uma missão quase impossível...

sábado, 9 de agosto de 2008

Rodada Doha...

Chegou-se perto de um acordo, mas a rodada terminou em fracasso... para o setor agrícola brasileiro, ficou uma mágoa, já que o setor teria crescimento com uma maior liberalização comercial. Mas se engana aquele que pensar que o fracasso das negociações ocorreram devido aos países ricos; o protecionismo é maior nas economias subdesenvolvidas, principalmente no setor industrial; no próprio Brasil, o ICMS é ´diferenciado` para produtos importados, sem falar do Imposto sobre Importação... e a rodada Doha fracassou devido a resistência indiana em relação á soja americana! Vou explicar: da soja consumida pelos indianos, 40% é importada dos EUA; os americanos demandaram maior flexibilização tarifária nas exportações de soja, e a Índia, temendo uma catástofre (milhões de indianos se dedicam a agricultura, se ocorresse a liberalização, haveria sensível aumento da pobreza), barrou a Rodada Doha. Mas acredito que ocorrerá uma nova rodada, porém, será necessário ´começar do zero`.